Para mulheres que necessitam ou preferem se submeter a mastectomia radical ou mastectomia total, a cirurgia para reconstrução da mama retirada é uma op-
ção de tratamento. A reconstrução pode ser realizada
ao mesmo tempo em que a mastectomia (reconstrução
imediata) ou posteriormente (reconstrução tardia).
Reconstrução imediata tem muitas vantagens. (É O MEU CASO)
Primeiro, há menor trauma psicológico, já que a mulher
não precisa viver sem o contorno mamário por um
período de tempo. Segundo, apenas uma cirurgia é
necessária. Isto é importante, já que anestesia geral
sempre tem um pequeno risco de complicações signifi-
cativas. Terceiro, o resultado estético da reconstrução
imediata é, geralmente, melhor, já que alguma pele da mama pode ser preservada e incorporada ao novo
contorno mamário.
No entanto, a reconstrução imediata não é adequada
para todas as pacientes. Reconstrução mamária deve
ser adiada se a paciente está insegura quanto a realizar a cirurgia, se radioterapia complexa no período
pós-operatório está sendo considerada ou se anestesia
prolongada irá, com certeza, aumentar o risco cirúrgico.
Reconstrução mamária pode ser realizada com uso de
próteses ou do próprio tecido da paciente. Próteses são
bolsas de silicone, preenchidas com líquido salino ou
gel de silicone, que são colocadas cirurgicamente atrás
da pele ou do músculo peitoral. A principal vantagem
das próteses é que elas podem ser inseridas rapidamente e com facilidade; logo, o tempo cirúrgico é relativamente pequeno. No entanto, as próteses possuem
diversas desvantagens: elas podem causar infecção e
romper, causando extravasamento do líquido salino
ou do gel de silicone. Próteses também podem causar
contratura capsular, uma rigidez do tecido ao redor da
prótese. Outra desvantagem é que, para muitas mulheres, o tecido peitoral necessita ser esticado por um
período de quatro a seis meses antes da prótese poder
ser implantada. Além disso, o tempo que a prótese irá
durar, sem necessitar de substituição, é incerto.
Por estas razões, o uso do próprio tecido da paciente se tornou o método de escolha para a reconstrução
mamária. Neste tipo de reconstrução, um retalho (pedaço) de pele e músculo (retalho miocutâneo) é retirado de outra parte do corpo e usado para reconstruir o
contorno mamário. Existem diversos tipos de retalhos,
cada um nomeado com o nome do músculo de origem.
Os dois principais retalhos utilizados na reconstrução
mamária são o retalho grande dorsal , retirado das costas, logo abaixo do ombro, e o retalho miocutâneo reto transversal abdominal (TRAM) , que é retirado do abdômen.
O retalho TRAM é, às vezes, chamado de retalho “barriga costurada”, já que tecido gorduroso do abdômen
é usado para criar o contorno mamário. Em alguns
casos, um retalho é puxado de um lugar para outro
sem cortar vasos sangüíneos, para cobrir o local da
mastectomia. Em outros casos, os vasos são cortados
e reconectados com o uso de microscópios.
Mulheres que irão realizar reconstrução mamária
imediata são candidatas a realizar mastectomia poupadora de pele, que permite remover menor quantidade de pele da mama. Isto, geralmente, inclui retirada do complexo mamilo-aréola e da pele do local de
retirada do tumor ou da biópsia. Esforço é realizado
para deixar a maior quantidade de pele possível, a
qual será usada como envelope para a reconstrução
do tecido.Se a mulher desejar reconstrução do mamilo, ela é geralmente realizada após, usando pedaços da pele ao
redor. Após isto, é tatuada uma figura de mamilo e
aréola, com uma cor semelhante à do mamilo e aréola
contralateral
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